Foi neste cenário magnífico, com Lisboa ao fundo, iluminada pela luz quente do entardecer, que nos deparámos com uma visão do outro mundo. A princípio ninguém queria acreditar. Seria mesmo verdade? Sim, era mesmo verdade: eram golfinhos! Os miúdos não cabiam em si de contentes (e, aqui entre nós, os adultos pareciam mais miúdos que os próprios miúdos!…).
Há qualquer coisa de mágico quando encontramos golfinhos.
Já tinha tido a sorte de os encontrar uma vez no Sado, há muitos anos. Mas nunca imaginei ser possível vê-los no Tejo.
Afinal parece que eles já cá andam há, pelo menos uns dois anos. (ver aqui e aqui)
Segunda boa notícia do dia: a qualidade da água no estuário do Tejo parece ter melhorado significativamente. E, pelos vistos, a presença dos golfinhos — quer aqui tenham fixado residência, quer estejam só de passagem — é sinal disso mesmo.
Depois de termos ficado ali um bom bocado a admirá-los, afastámo-nos um pouco. Eis senão quando estes dois resolveram vir atrás de nós. Alcançaram-nos, nadaram um pouco à nossa volta e desapareceram. Com certeza que não foi para se despedirem, mas nós preferimos acreditar que sim!…